2.12.09

Uma... "fina ironia"

Quem me conhece sabe que nutro grande paixão pelo andebol. Por isso, acompanhei com especial interesse o barro-de-ferro dos últimos meses entre Benfica e Jorge Olímpio Bento, ou melhor, o triste episódio entre um clube que contava com o seu treinador e um mero anti-benfiquista que, por razões que só o próprio conhece, usava e abusava das suas funções para o impedir. O professor José António Silva regressou, esta noite, ao “banco” da nossa equipa de andebol, e logo com uma vitória (27-26) sobre o clube de Jorge Olímpio Bento – ou melhor, uma fina ironia (como eles tanto gostam de dizer).

1.12.09

Braga: a cilada



Continuo a aguardar os (justos) castigos.

30.11.09

Empate em Alvalade

O empate em Alvalade foi, afinal de contas, o resultado menos mau. Considero o resultado justo, mas, para ser totalmente sincero, confesso que cheguei a sentir, durante alguns períodos do jogo, que o Benfica esteve mais perto da derrota do que propriamente da vitória. Se o desfecho foi bom ou mau, isso, só o saberemos lá mais para a frente. Para já, e quando estão decorridas 11 jornadas, o Benfica cumpre plenamente os seus objectivos, conseguindo uma vantagem de três e onze pontos para os seus principais rivais: FC Porto e Sporting, respectivamente.

O jogo de sábado teve muito mais de luta (e sangue) do que propriamente qualidade. Ainda assim, fiquei algo desiludido, pois, ao contrário daquilo que já demonstrou nesta época, desta vez a equipa do Benfica não foi capaz de encontrar a inspiração necessária para, da maior qualidade individual e colectiva, fazer golos e alcançar os três pontos. Por outro lado, voltámos a revelar garra e espírito de sacrifício – Javi Garcia é, de facto, um guerreiro – naquela que é, até ao momento, a fase menos boa neste campeonato.

O mês de Dezembro é o ideal para recuperarmos a nossa veia goleadora. Para assumirmos a liderança do campeonato e nos afastarmos, definitivamente, do FC Porto (protagonista de um futebol sofrível) e do Sp. Braga (aquele clube que, infelizmente para os seus sócios e adeptos, segue a linha delineada pelos presidentes Pinto da Costa e António Salvador). Recebemos a Académica e o FC Porto, na Luz, e visitamos o Olhanense (sem comentários). Desejar (exigir?) três vitórias consecutivas na competição é o mínimo; é aqui que começa, na verdade, o caminho para o título de campeão nacional.

MAIS
Quando a inspiração não chega, urge recorrer à garra e ao espírito de sacrifício. Javi Garcia e Ramires personificam, perfeitamente, esta regra e, em Alvalade, “carregaram” o Benfica, atrás e à frente, para uma exibição mais positiva. Quim provou estar num bom momento de forma.

MENOS
Quando os criativos se encontram em “noite não” então tudo se torna mais difícil. Pablo Aimar foi incapaz de “pegar” no jogo e, recorrendo ao seu futebol inigualável (pelo menos, neste país), desmanchar a estratégia (mais) defensiva do adversário. Voltámos a ter o velho mau Di Maria. Pelos segundo jogo consecutivo: está na “explodir” de vez.

28.11.09

27.11.09

Sonhos de Alvalade #3

A derrota com o Guimarães e eliminação da Taça de Portugal é passado – e muito enganados estão os anti-benfiquistas por associarem este episódio (isolado) ao início de uma coisa qualquer . Um tropeção é um tropeção, apenas e nada mais do que isso. Obviamente, que deve ser dada a importância devida à saída prematura da segunda prova do futebol nacional. E assim estará, certamente, a ser encarada e tratada esta questão: no sitio certo, pelos elementos certos. Aliás, estas situações resolvem-se em boa dose com facilidade e naturalidade, caso a estrutura para o futebol e a qualidade da equipa do Benfica sejam condizentes com a dimensão do passado e presente do nosso clube. Tenho a certeza que assim é, actualmente. De resto, é também com a colaboração de todos os benfiquistas, dentro e fora das quatro linhas, que mais rápido se ultrapassam os obstáculos que naturalmente surgem no caminho para o sucesso.

A qualidade do plantel e da equipa do Benfica é incomparavelmente melhor que a do Sporting. A nossa equipa joga bem. Marca e ganha muito. Em Alvalade, o futebol é sofrível, ganha-se pouco e mal. As diferenças são evidentes a olho nu: nós e os outros. Uns com o treinador certo; outros com o Carlos Carvalhal. Por nós, o Luís Filipe Vieira e o Rui costa; por eles, o Eduardo Bettencourt e o Sá Pinto. Connosco milhões; com eles (poucos) tostões, incapazes de se livrarem da sombra do MAIOR clube de Portugal (assim o confirma quem por lá andou mais de quatro anos consecutivos).
Este é, quer queiram quer não, um David contra Golias. As vitórias e goleadas do Benfica, tão frequentes quanto naturais, não permitem – por muito que tente – (re)colocar os pés no chão. Com o respeito que o adversário de amanhã me merece, espero, no mínimo, uma goleada “das antigas”. Não para os colocar no respectivo lugar, mas sim para nós, o Benfica e os benfiquistas, nos colocarmos no nosso. Com a humildade que nos caracteriza, mas com a convicção do que somos e seremos, sem ignorar todas estas (eternas) diferenças que acima enumerei. Temos de ganhar, sobretudo, de uma forma tão evidente que o pseudo-benfiquista não possa demonstrar, uma vez mais, a sua “isenção”.

26.11.09

Sonhos de Alvalade #2



Contra tudo e contra todos. Temos de ganhar!

24.11.09

Taça de Portugal: Benfica perde e é eliminado

O Benfica perdeu, pela primeira vez nesta época, no Estádio da Luz e foi eliminado da Taça de Portugal. O Vitória de Guimarães marcou por uma vez e, tal como tem sido hábito nos nossos adversários, abdicou do primeiro objectivo do jogo para, pura e simplesmente, se fechar junto da sua baliza, dedicando-se apenas a tarefas defensivas – de resto, postura legitima e que, desta vez, até foi premiada.
O Benfica só se pode queixar de si próprio. De facto, esta foi das piores exibições da época: sobranceira, aquando da igualdade, e colectivamente desinspirada, na busca do empate. A equipa exibiu-se bastantes furos abaixo do habitual e, por isso mesmo, a desilusão é (ainda) maior.
De qualquer das formas, importa ressalvar que Taça de Portugal, embora importante, não é prioridade. O Benfica lidera, a par do Sp. Braga, o campeonato; e está em boa posição para seguir para a 2.ª fase da Liga Europa – razões para deixar satisfeitos todos os benfiquistas. No próximo fim-de-semana, há dérbi. Alvalade será o palco ideal para a nossa equipa se redimir deste resultado menos positivo e, quem sabem, partir definitivamente rumo ao título de campeão nacional.

MAIS
O estrago já estava feito. E só mesmo a partir daí os jogadores do Benfica despertaram. Mesmo sem a arte e o engenho de outras ocasiões, tudo fizeram para dar a volta ao resultado. A noite não era nossa e nem as boas entradas de Felipe Menezes e Weldon foram suficientes para, pelo menos, chegarmos ao empate.
MENOS
Ainda não ganhámos nada! – alguém com responsabilidades que explique isto ao plantel. Apenas com a qualidade, técnica e mental, do início da época poderemos almejar os nossos objectivos. Di Maria recordou os "maus velhos tempos" e Keirrison, por muito boa vontade que tenha, não é solução. Jorge Jesus demorou demais a ler e a mexer o jogo a na equipa.

“Pego” nas palavras de Paulo Bento [“(…) tenho a clara noção de uma coisa: se o campeão tivesse sido o Benfica e não o FC Porto, se calhar eu não tinha estado quatro anos e quatro meses em Alvalade”.] e assinalo a explosão de alegria (ou histerismo?) de sportinguistas e portistas pela derrota do Benfica. Realmente, há pouco a dizer, quando se existe na sombra do MAIOR clube português e se regulam as próprias crises pelos altos e baixos na casa dos outros. Mesmo que se precise de 60 minutos (e um penálti manhoso) para se colocar em vantagem frente aos Pescadores da Caparica ou se prepare, durante uma semana, o adiamento de um jogo contra uma equipa da 2.ª divisão, com receio de sair da taça com o “rabo entre as pernas”.

20.11.09

A linha da marioneta voltou-se a mexer (e quem a puxa?)

Sob o patrocínio do seu patrão e dos anti-benfiquistas, o Sp. Braga de António Salvador volta a ensaiar um ataque contra o Benfica, desta vez, visando Rui Costa e três dos nossos jogadores: Javi Garcia, Di Maria e Cardozo. Depois das agressões, cobardes e pelas costas, protagonizadas por jogadores do Braga (e, segundo parece, por seguranças de uma empresa privada) à comitiva do Benfica, alegadamente em resposta a uma atitude menos correcta (?) de Di Maria, os responsáveis do clube do Minho têm ainda a pouca vergonha de continuarem a campanha que, para vantagens de outrem, tem como único objectivo prejudicar a qualidade competitiva demonstrada, até ao momento, ao longo desta época, pelo Benfica. O timing da queixa não é, obviamente, inocente. Aproximam-se os confrontos com Sporting e, sobretudo, FC Porto. Os sócios e adeptos do Benfica não podem desvalorizar este ataque, que pretende fragilizar as opções de Jorge Jesus neste duplo confronto. Espero, sinceramente, que a Liga de Clubes não entre neste “jogo”: a intenção é tão clara, ou ainda mais, que a mão de Henry no último França-Irlanda´.
Mas esta é apenas (mais) uma das situações com que nos devemos preocupar. Depois da entrada de Carlos Carvalhal - amigo de longa data de Pinto da Costa -, são muitas as "notícias" que a comunicação social alinhada tem divulgado, com o simples propósito de desestabilizar ou, como tem sido preferencial até ao momento, desvalorizar o trabalho de Jorge Jesus e o percurso da nossa equipa. Apenas dois exemplos, neste 20 de Novembro: a saída de Di Maria e o regresso de Simão Sabrosa (no Record) ou as declarações de Luís Aguiar, ex-FC Porto e Braga, sobre a forma de Jorge Jesus lidar e se dirigir aos seus jogadores (n' O Jogo).
Desde há 30 anos que sempre assim é. Mais ou menos, mediante o estado das coisas. Actualmente, nota-se o pânico e as tentativas, por todas as formas e feitios, de parar a dinâmica implementada pelo Benfica. Como sempre, tenta-se, fora do campo, com a ajuda dos inúmeros acólitos, fazer aquilo que não se é capaz de conseguir dentro das quatro linhas. O Benfica precisa de ser forte para suster esta anti-onda e, aqui, é que entramos nós, sócios e adeptos, capazes de responder à letra a quem nos quer prejudicar. Apoiando o nosso clube e desmontando, no ciber-espaço, mas também no país real, estas ignóbeis estratégias.

18.11.09

Sonhos de Alvalade #1

Que tédio! Sem campeonato, nem sequer uma taça, de Portugal ou outra qualquer, com o Benfica em stand-by, o futebol suspenso, aguardo ansiosamente por mais e melhores espectáculos, pelos dribles e golos dos nossos gloriosos jogadores. Antes, num passado recente, demasiado recente, aproveitava estas pausas para respirar melhor, afastar da mente e do peito as tristezas e desilusões. Nesta época, um dia basta, e faz-me logo falta ver aqueles onze guerreiros de águia ao peito a correrem atrás da bola, ou melhor, ver a malta a trocar a redondinha enquanto o adversário a olha de longe ou, ainda melhor, apenas a cheira. Pois uma coisa é cheirar, e outra é jogar à bola; é, ao apito final, estar a ganhar, ou de preferência a golear. Os “amigáveis” já não dão pica. Conquistar tantos troféus destes não alimenta – são demasiados, seis em seis, que valem zero; está certo: é melhor ganhar do que perder. Mas a rotina “mata”, devagar, mas mata (e sem aspas). Resta recuperar quem está de baixa. Fazer descansar quem brilhou, e brilha!, lá por fora (uns com Maradona, outros com tristes mortais). Reunir o grupo. Acertar a pontaria frente ao Guimarães. Voltar a reunir. Preparar. Respeitar – e eu sei que, nos dias que correm, é mesmo esta a principal missão, dado o grau de dificuldade. Concentrar. E ganhar. Ou melhor: derrotar, golear, esmagar! Apagar, sem apelo, nem agravo, a ilusão de se ser grande, quando, na realidade, se é apenas perseguidor. De passados e de presentes. Corpo sem futuro – em morte lenta. É hora de redefinirmos fronteiras, mais visíveis, indiscutíveis! É esta a oportunidade de sermos o maior clube português, dentro das quatro linhas e fora delas, de nos distanciarmos das outras realidades, a Norte, a Sul, aqui mesmo ao lado. É hora d' O Despertar do Gigante.

15.11.09

Robert Enke (1977-2009)

Enke conhece, hoje, a sua última morada. Continuará connosco, nas nossas memórias, tal como Fèher ou Baião. Este campeonato também será dele.

14.11.09

6/6 (ou 100 por cento de eficácia)

A vida continua. De preferência, com vitórias e títulos. Vale o que vale, mas o Benfica conquistou, esta noite, frente ao Santa Clara, o Troféu Pedro Pauleta, disputado em Ponta Delgada. Empate 1-1 (belo golo de Keirrison). 5-3 favorável, no desempate por penáltis. É o sexto troféu não oficial conseguido para a montra do clube, na época 2009/2010.

p.s.: quem me conhece sabe que, além do Benfica, torço também pela Académica, equipa da minha terra natal. Fiquei, naturalmente, muito satisfeito com o desfecho do dossiê André Villas Boas. O treinador permanece em Coimbra, onde está a desenvolver um excelente trabalho. Conclui-se que o Sporting de José Eduardo Bettencourt – diga agora o que o tipo disser – foi incapaz de contratar a sua primeira opção, não a um colosso do futebol (dentro ou além fronteiras), mas à modesta Briosa. Suponho, que seja algo preocupante para os sportinguistas. Para mim, mortes lentas e dolorosas sabem ainda melhor.

11.11.09

Robert Enke (1977-2009)

Era final de tarde; não me recordo da data, nem sequer do ano. Dirigi-me ao café do bairro, onde se encontravam o meu pai e um amigo seu. Sentei-me e, de pronto, veio à baila o Benfica. Naquela noite havia jogo, a contar para a Taça UEFA. O Dínamo de Bucareste era o adversário. Passados (poucos) minutos, era já insuportável conter o entusiasmo. Avisámos a minha mãe que não iríamos jantar; fui a correr a casa buscar camisola e cachecol e, em menos de duas horas, estávamos a entrar na Catedral. Durante a viagem, as nuvens fizeram-se cinzentas e, perto do apito inicial, o céu despejou toda a água que conseguiu. Saltámos bancos e grades. Refugiámo-nos na cobertura, por baixo do Terceiro Anel. Encharcado dos pés à cabeça, vi o Benfica perder nessa noite, por 1-0. O único golo surgiu inesperadamente, num remate inofensivo, forte mas à figura do nosso guarda-redes. Provavelmente traído pela chuva, Robert Enke não conseguiu segurar a bola que, lenta e escorregadia, entrou na nossa baliza. Nunca esqueci esse lance. Não que recorde Robert Enke pelos seus frangos; mas exactamente porque Robert Enke, naquele dia, de costas para mim, fez "o" seu frango com a camisola do Benfica - uma falha improvável, pois improváveis são as falhas de quem tanto talento e garra tinha. Robert Enke morreu esta tarde. E tento descrevê-lo, perpetuá-lo na minha memória: só o consigo através do frango. E do facto de ter sido o único guarda-redes a me fazer esquecer, ou melhor, a atenuar a saudadde de Preud'Homme. Com Robert Enke, morreu a esperança que alimentei, ao longo de sete anos, de o ver regressar à Luz, ao lugar que, até hoje, ainda não deixou de ser seu.

10.11.09

Naval: muro caiu aos 89'

Regresso da Luz convencido da qualidade e da garra deste Benfica. Quando nem tudo corre bem – apesar da “avalanche” ofensiva ao longo dos 90 minutos –, estes jogadores transcendem-se. Quando o talento não chega, por falta de sorte ou mérito adversário (e esta noite, o guarda-redes Peiser impressionou), sobra o querer. É esta a receita que serve e que faltou, durante tantos anos, a plantéis vaidosos da camisola, orientados por treinadores de boas falas e “pezinhos de lá”.

O Benfica 2009/2010 joga e ganha – contra qualquer equipa, de qualquer forma e feitio. Podíamos até ter goleado. Jorge Jesus e a equipa fizeram tudo o que podiam. E foram premiados, pelo jogo jogado e pela atitude. O golo de Javi Garcia – que alma tem este homem! – colocou as coisas nos devidos lugares: o Benfica é líder, os outros já estão a distância aceitável. Assim, e tenho a certeza, vamos ser campeões!

MAIS
Javi Garcia. Gozavam e riam, no início da época, madridistas e adversários – pela qualidade "duvidosa", garantiam, e pelo preço que custou o seu passe. Hoje, foi o melhor em campo. O primeiro a defender e a atacar. Marcou o golo da vitória. Justo prémio. E para dizer a verdade: actualmente, não o trocava por nenhum outro médio defensivo do actual plantel do Rela Madrid.

MENOS
Incapazes de responder ao futebol praticado, os nossos adversários visitam o Estádio da Luz com apenas um objectivo: não sofrer ou, em alguns casos, sofrer o menos número de golos possível. Autocarros onde só muda a cor. Não se trata de jogar à bola, mas de impedir que o Benfica o faça. É porrada e todo o resto de anti-jogo. É, enfim, a resignação perante a nossa superioridade.

9.11.09

Hoje, joga o Benfica

O Benfica é favorito. Recebe a Naval, no Estádio da Luz. A conjugação de resultados da jornada – derrotas de Sp. Braga e do FC Porto – “obrigam” a nossa equipa a vencer. Temos a possibilidade de regressar ao 1.º lugar e, talvez mais importante, abrir uma vantagem de cinco pontos sobre o nosso principal adversário. Hoje, é para ganhar; voltar a golear, se possível. Afirmar, definitivamente, a diferença entre os bons e o resto.

8.11.09

Verdades inconvenientes

O técnico entende que os adeptos "devem deixar de ter um complexo de inferioridade" relativo ao Benfica, identificando uma "depressão" motivada pelos resultados de pré-época do rival.

p.s.: link para um site de credibilidade (muito) duvidosa.

p.s.1: desculpem o verde. É uma excepção, apenas, para contextualizar.

p.s.2: o Braga perdeu. A liderança do campeonato está, novamente, ao nosso alcance.

6.11.09

2-0 em Liverpool (agora ao Everton)

O Benfica soube responder à derrota em Braga, com uma vitória categórica no terreno do Everton, por 2-0. Apesar de algumas alterações – com destaque para as entradas de Sidnei para o centro e de Ruben Amorim para o lado direito da defesa –, Jorge Jesus manteve a estrutura habitual. O (primeiro) desaire no campeonato foi ultrapassado com naturalidade, ao longo de 90 minutos que o Benfica controlou – materializando a sua superioridade já na 2.ª parte, com golos de Saviola (63’) e Cardozo (76’).

MAIS
A maturidade do Benfica, capaz de jogar e ganhar em qualquer campo e a qualquer adversário.
Em tempo recorde, Jorge Jesus construiu uma equipa com qualidade e atitude. Esta receita garantiu o melhor futebol das últimas décadas, e o domínio no campeonato português e nas competições europeias – para já, só não ganhámos onde não deixaram.

MENOS
A lesão de Ramires. Não sei nada em concreto, mas aquilo parece-me antecipar uma significativa paragem. O internacional brasileiro é uma “pedra” fundamental neste Benfica 2009/2010; a falta do seu futebol e do seu “pulmão” seria, certamente, sentida por todo o grupo. Depois do castigo (encomendado) a Cardozo, o azar “bate-nos à porta” – espero estar a ser, apenas, pessimista.

5.11.09

Hoje, joga o Benfica

Joga-se, esta noite, mais que o futuro do Benfica na Liga Europa. Depois da derrota em Braga – a primeira para o campeonato (e com reais consequências) –, chegou a hora da nossa equipa provar ter capacidade para manter os níveis exibicionais (físicos e técnicos) patenteados até ao momento. Pede-se uma resposta esclarecedora ao primeiro contratempo da época: uma vitória sobre o Everton, em Liverpool. De resto, seria apenas a confirmação do que já se sabe: a qualidade e quantidade de opções que possui o plantel 2009/2010 do Benfica.

4.11.09

Cardozo e (ainda) a cilada de Braga

Cardozo suspenso por dois jogos. Ficamos a aguardar pelo resultado do processo de inquérito que, alegadamente, a Comissão Disciplinar da Liga abriu aos incidentes ocorridos em Braga, durante o intervalo, junto e no interior do túnel de acesso aos balneários. Vivêssemos num verdadeiro Estado de Direito e, provavelmente, teria o Sp. Braga razões com que se preocupar – neste caso (de Portugal), estou eu preocupado (parece ridículo, mas já acredito em tudo).

A falência técnica da SAD

É assunto recorrente, mas parece que, diga o que se disser (ou melhor, explique-se), alguma comunicação social não percebe (ou não quer perceber?) e trata o assunto da forma que mais jeito lhe dá; para regozijo dos anti-benfiquistas, classe de asininos com palas grossas e permanentes.

A SAD do Benfica está em falência técnica: o exercício de 2008/2009 é negativo e os capitais próprios são, igualmente, negativos. Porém, esta situação faz parte da estratégia prevista pela direcção do clube e anunciada no programa eleitoral de Luís Filipe Vieira, que mereceu a preferência esmagadora dos associados do clube. O investimento em infra-estruturas (complexos estádio e centro de estágios) e na equipa de futebol, contratando e mantendo os principais jogadores (activos que, a serem vendidos, facilmente inverteriam estes números) explicam o actual momento - apenas conjuntural e transitório.

Não há razões para alarme. O Benfica continua (e continuará!) a ser a mais atractiva marca do país, com uma capacidade de captação de receitas (via patrocinadores e bilheteira) inigualável. O plantel da equipa de futebol, principal activo do clube, é uma autêntica “mina de ouro”, capaz de resolver todos e quaisquer problemas (capaz de terminar com o passivo de 178 milhões de euros?). Por fim, ainda este ano, a Fundação Benfica Estádio passará para a SAD, ou seja, património que inverterá todas estas contas.

Assim a bola continue a entrar, e o Benfica terá, graças a este plano financeiro, um futuro brilhante. Finalmente, de “corte” efectivo, acentuado e definitivo, com os restantes adversários.

Braga: uma imagem vale mais que mil palavras


"Onze" - três (Vandinho e Mossoró e Leone) = oito.

3.11.09

Luísão até 2013

O Benfica renovou com Luísão por mais dois anos e aumentou a sua cláusula de rescisão para 20 milhões. Uma boa notícia para o Benfica que, assim, reforça a sua ligação com aquele que é, actualmente, o melhor "central" do futebol português e titular na selecção do Brasil.

Braga: somos os mais fortes

Só agora consigo escrever sobre aquilo que se passou no Sp. Braga-Benfica. A tristeza e, sobretudo, a revolta que se me instalou no decorrer e após o jogo impediu-me de explanar factos e números – lamento, na semana de estreia, um rescaldo tão “fora de horas".

Já tinha explanado, no post anterior, a minha preocupação em relação a este jogo. Situações, escrevi na altura, transcendiam a qualidade do adversário e as próprias quatro linhas. Infelizmente, as minhas suspeitas vieram a confirmar-se e logo da pior maneira:
1. Desta vez, ganhou a pior equipa. O Benfica foi, novamente, mais forte: teve mais bola, mais ataques e remates, mais oportunidades de golo. Começou a perder, aos sete minutos – grande golo de Hugo Viana –, mas reagiu depressa e bem. Chegou ao golo da igualdade, por Luisão, perto da meia hora.

2. Jorge Sousa voltou a prejudicar o Benfica. Não se trata, pois, de simples coincidência. Nos jogos em que actua o Benfica, este árbitro portuense não perdoa; motivado, segundo se diz, por visitas regulares à sua residência por indivíduos pertencentes a uma claque organizada afecta a um clube da sua cidade. Desta vez, anulou um golo limpo ao Benfica e expulsou, ao intervalo, Óscar Cardozo, melhor marcador da nossa equipa e do campeonato.

3. Alguma comunicação social insiste em criar imagens erradas. Trata-se de uma tentativa vil, que visa retirar mérito ao actual melhor futebol praticado em Portugal, valorizando, por sua vez, quem nada fez para merecer metade dos elogios. Como exemplo maior, essa comunicação social ignorou aquilo que se passou em Braga: as agressões dos jogadores do Sp. Braga e a arbitragem de Jorge Sousa (alguma dessa comunicação social, imagine-se, tem a vergonha de classificar o trabalho deste árbitro como “muito bom”).

4. Os jogadores do Benfica foram atacados, após o final da 1.ª parte. Di Maria fez um passe – sim, que aquilo foi um passe e rasteiro –, para junto do banco de suplentes do Braga (e cuspiu para o chão, algo que, como se sabe, nenhum futebolista ou português comum é capaz de fazer). Dez segundos depois, o “onze”, suplentes e responsáveis do clube do Minho atacaram, ao murro, os jogadores do Benfica, já junto ao túnel de acesso aos balneários. Pelo que é possível descortinar – via imagens TV –, Ney e Mossoró agrediram Cardozo, que por ali passava. Eduardo e Moisés também o tentaram. Resultado: Leone (que foi substituído pelo melhor “central” do plantel do Braga: Rodriguez) e Cardozo foram expulsos. Elucidativo! Entretanto, soube-se que um segurança também agrediu Cardozo e Ramires, já junto ao balneário do Benfica. Alan deu uma chapada a Ramires, ainda no relvado.

5. O papel a que se prestam as gentes de Braga. O FC Porto e Pinto da Costa não podiam ter arranjado melhores acólitos para fazerem o trabalho sujo a que estamos habituados há décadas – a “estratégia dos túneis” não é nova. Os sócios e adeptos do Sp. Braga deviam envergonhar-se com aquilo que se passou no sábado e, principalmente, por serem representados por fantoches como António Salvador e Domingos Paciência.

6. Há muito que não via tamanha alegria nos rostos, gestos e gritos dos anti-benfiquistas. Portistas e sportinguistas "explodiram" como há muito não se via – assisti atónito às comemorações de alguns indivíduos no sítio onde me encontrava a ver o jogo. Aquilo era raiva e inveja contra o MAIOR clube português. E a constatação de que nunca, jamais, chegarão aos calcanhares do nosso clube.

7. O Benfica tem de vencer a Naval, na próxima segunda-feira. Para isso, é necessário trabalhar como até aqui: dirigentes, treinadores, jogadores e, acima de tudo, adeptos. O apoio ao nosso clube é fundamental: é este o nosso contributo para derrubarmos as ciladas e obstáculos que ainda surgirão na caminhada rumo ao título de campeão. Creio que ninguém deixou de acreditar nesta equipa, na sua qualidade e atitude, após a última jornada. Pelo contrário, eu e todos aqueles com quem falo acreditam cada vez mais! É para encher o estádio e golear.

30.10.09

Que ganhe a melhor equipa!

O Benfica tem amanhã o primeiro grande teste desta época. A equipa já foi colocada várias vezes à prova e em todas essas ocasiões superou as melhores expectativas, porém, os acontecimentos da última semana antecipam dificuldades acrescidas. Os obstáculos estão bem identificados:

1. A falta de vergonha de alguma comunicação social e, sobretudo, de certos agentes desportivos parece não ter limites – roça o ridículo a estratégia torpe de Nacional e Sp. Braga que visa desvalorizar o valor e percurso da equipa do Benfica e, principalmente, desviar as atenções para a actual incapacidade desportiva do FC Porto (e dos erros de arbitragem que o favorecem). Esta intoxicação da opinião pública tem construído falsas ideias – tal como aconteceu noutras eras e, mais recentemente, em 2004/2005, época em que, com todo o mérito e justiça, o Benfica se sagrou campeão nacional –, baseadas num suposto favorecimento das equipas de arbitragem. A primeira tentativa de virar a lógica do avesso aconteceu na passada jornada: Vasco Santos tentou, beneficiando da capa montada pelos supracitados; a inequívoca superioridade do Benfica retirou-lhe, apesar de tudo, qualquer margem de manobra.

2. A nomeação de Jorge Sousa (AF Porto) não augura nada de bom. Os dados são objectivos: aqui e aqui (só para deixar um exemplo). É esta a segunda tentativa de fazer aproximar (ou de não deixar afastar?) o FC Porto da liderança. O Benfica terá de jogar ao nível a que nos tem habituado, conseguindo, tal como já o fez neste campeonato, impedir que a acção do trio de arbitragem tome conta dos acontecimentos. Haverá foras-de-jogo (mal e não assinalados), faltas (marcadas e por marcar) e outros critérios técnicos e disciplinares que colocarão o Benfica e os seus jogadores em sentido. Teremos de contar com tudo isto e muito mais. E teremos de provar, dentro do campo, que desta vez temos argumentos suficientes para derrubar as armadilhadas e os obstáculos criados há mais de três décadas.

3. A motivação do Sp. Braga transcende a qualidade e a ambição particular. Sabemos que António Salvador e Domingos Paciência, cientes da inaptidão para manter a liderança, pretendem corresponder ao apoio (ao colo?) que lhes garante a presença no topo do futebol português. Acólito de Pinto da Costa, inimigo de Luís Filipe Vieira, Salvador já se prestou a tamanhos papéis, como travando as transferências de Jorge Jesus, César Peixoto – impedindo, ao que consta, o regresso de João Pereira à Luz e ao clube do seu coração (que viria colmatar a vaga deixada em aberto pela saída Patric) – ou efectuando declarações contra tudo o que é encarnado. Salvador e Domingos têm uma missão definidia e, com recurso as "ferramentas" que o sistema lhes confere, tudo farão para a cumprir – mais pelo clube por que torcem; muito menos pelo Sp. Braga.

Somando todas as circunstâncias, termino (re)afirmando total confiança na conquista dos três pontos e da liderança isolada da Liga portuguesa. Este é o primeiro de um ciclo de jogos que inclui a deslocação a Alvalade e a recepção ao FC Porto. A meta é vencer, sempre, e de preferência de goleada. O Benfica está pronto!

29.10.09

Benfica 2009/2010

Desde que me conheço (conscientemente), carrego dentro de mim uma paixão irracional e dolorosa pelo Benfica – como são todos os grandes amores; um sentimento inexprimível por palavras ou gestos, que já me fez chorar de alegria e tristeza. A grandeza do Benfica, em Portugal e pelo Mundo inteiro, invade-nos o corpo e a alma, de forma incomparável. Por motivos óbvios, desejei, por incontáveis ocasiões, poder abdicar do presente e do futuro e mergulhar nas décadas de 1960 e 1970, onde qualquer ditadura seria, certamente, preferível ou um mal menor. Os anos passaram negros (ou azuis?), reféns das mentiras e injustiças, dentro e fora do campo, que nos empurraram para um realidade que nunca foi, nem será nossa. O Benfica 2009/2010 confundiu todas estas sensações, do desgosto ao medo. A equipa de Jorge Jesus é a mais perfeita 'analogia do futebol' que conheço ou me recordo: técnica e raça; golos e vitórias; qualidade individual e colectiva; juventude e experiência. O Benfica de hoje é o Benfica aguardado, o Benfica sonhado ao longo de quase três décadas. Já não é negócio, nem refém de outros clubes ou sistemas. É único e uno – dentro e fora das quatro linhas, na relva, nas bancadas ou no gabinete. Os melhores jogadores (em todos os sectores) justificam tudo, sem deixar margem de dúvida a quem queira ver, com querer e saber. Seremos campeões, naturalmente. E ainda outras coisas mais. Escrevo este texto às 02H00 de 29 de Outubro, entusiasmado por vitórias de goleada e pelo 1.º lugar no campeonato. Espero que estas linhas mantenham, durante os próximos meses, anos, até eu partir deste Mundo, toda a sua actualidade.

Amor

autor: Guilherme Cabral